Olá, colegas e leitores!
Lembro-me de quando comecei a ler – muito antes do “prezinho”. Lia o mundo. Sabia o símbolo do “Banespa”, da “Caiuá” (empresa de energia em que meu pai trabalhava)... Observava os desenhos de uns livrinhos infantis que meus pais (professores) me deram e “contava” as historinhas com minhas próprias palavras.
Agora, ler “mesmo”, decodificar o alfabeto, somente aos sete anos, na primeira série, com a professora Dona Sônia. Adorava ler e escrever histórias - muitas delas impressas em mimeógrafo no livrinho que a Dona Sônia “publicava”, com os contos da nossa turma.
A infância e pré-adolescência foram cheias de livros, gibis, revistas: Júlio Verne, Turma da Mônica, Coleção Vagalume, Coleção Para Gostar de Ler, Revista Recreio e Ciência Hoje das Crianças... Amei Monteiro Lobato! Queria que a Emília se materializasse para brincar comigo – minha avó até fez uma Emília de pano para mim!
Aos onze anos já li “A moreninha”, da estante da minha tia. Mesmo sem entender muitas palavras, gostava de deduzir seus sentidos pelo contexto e me sentia importante ao ler um livro extenso, sem figuras...
Na 5ª série, fui obrigada a ler para receber nota. Li. Fiz a prova. Apesar de ter acertado todas as questões, tirei 6,0, pois na última questão respondi que não havia gostado da história – achei-a muito superficial, “tonta”... Fiquei com raiva – então era obrigada a gostar de todos os livros? Mas não reclamei, obediente que era, numa época em que a palavra do professor ainda era lei...
Adolescência: poetas! Manuel Bandeira e Pessoa, meus preferidos.
Universidade: por incrível que pareça, foi o período em que menos li – pelo menos, literatura. Lia a teoria do conto, a teoria do poema, a teoria... mas a prática, mesmo... não dava tempo!
Hoje, como professora, procuro ler o que meus alunos leem, o que será pedido no vestibular, o que penso ser bom para depois indicar a eles... Sempre por prazer!
Ler, para mim, é algo delicioso, divertido; algo que me faz pensar, aprender, vivenciar experiências e sentimentos que talvez não viveria/ compreenderia se não lesse. Apenas sinto não poder ler mais, por trabalhar tanto!
Amália, parabéns pelo blog e pela sua história de leitura!
ResponderExcluirAbç